"" "" Crochê : Forma de pensar

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Forma de pensar


Solução para a vida


Rápido e fácil
Me chamo Carmen, tenho 53 anos de idade e muita história pra contar...
Nascida e criada no interior filha de família humilde, desde pequena tive que aprender a
me virar, sempre trabalhei, larguei a escola, casei cedo e tive 4 filhos, 3 meninas e um menino.
Moradora de cidade pequena, agrícola, eu e meu marido tirávamos sustento pra dar o melhor
para nossos filhos, trabalhando sempre com plantação de legumes, nunca tivemos muito
dinheiro, nos dias que eu ficava atoa, pegava minha agulha e linha de crochê e fazia um casaco,
ou uma manta para as noites de rio praticamente tudo que tinha lá em casa, desde um tapete
até uma capa do único sofá que tinha na casa, eu fiz através do crochê.
Sempre ajudei meu marido em tudo, mas depois de uns anos ele ficou doente, por ser mais
velho que eu, a doença se alastrou rápido e ele faleceu. No início fiquei sem saber o que fazer,
tentei continuar a plantar mais sem a ajuda de meu marido não conseguia dar conta e meu
filhos eram pequenos demais para me ajudarem. Foi então que após um tempo toei a atitude de
mudar para a cidade grande. Vendi minha casa e as poucas coisas que tinha dentro dela, usei o
dinheiro pra pagar minha passagem e a dos meus filhos, guardei o pouco que me sobrou para
alguma emergência e fui morar na casa de uma prima minha.


Crochê nunca me deixou de mal
Chegando na capital, fui logo arrumando um emprego de faxineira e matriculei meus
filhos em uma escola pública perto de casa. Já que trabalharia o dia todo deixei o Pedro,
meu filhos mais velho tomar conta dos demais.
Todo dia saia e deixava pra eles o café pronto, no quarto nos fundos da casa da minha prima,
ia para o trabalho. E nos fins de semana fazia meu crochê.
Em uma dessas a vizinha me viu fazendo um biquíni de crochê para minhas duas filhas, e
perguntou se poderia fazer um para ela e quanto eu cobraria, na hora falei um valor por ser
pega de surpresa e na outra semana entreguei o biquíni. A notícia se espalhou no bairro e
rapidamente me vi com uma renda extra.
Com essa renda consegui ir para um lugar maior e podendo sustentar melhor meus filhos.
Continuei meu trabalho de doméstica, e levei para minha patroa ver. Ela se encantou pela saia
que fiz e encomendou uma blusa de crochê, a entreguei, assim fui ganhando mais clientes.
O negócio foi crescendo e montei uma espaço na minha casa para confecção de peças de
crochê, comecei a colocar uma mesa com algumas amostras na calçada de minha casa e deu
certo. O número de encomendas aumentando até que me vi saindo do emprego, montando
uma loja no meu bairro e contratando duas ajudantes, coloquei meu sobrenome na loja,
consegui dar uma vida boa para os meus filhos.
Hoje meus filhos estão formados eu tenho 2 lojas e sigo feliz fazendo o que gosto.


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